lua_cres.jpg O NUCLIO – Núcleo Interactivo de Astronomia, com o apoio do Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal e da Câmara Municipal de Cascais promove a realização mensal da “Astronomia em Crescente”.
Esta actividade, que normalmente decorre no Sábado próximo da fase de Quarto-Crescente da Lua, a partir das 21h30, é constituída por uma apresentação sobre um tema astronómico e, caso as condições meteorológicas o permitam, por uma sessão de observação nocturna com telescópios.
Os próximos temas da “Astronomia em Crescente”:
9 de Julho – “A Quimica das Estrelas”
A actividade tem inicio às 21:30 no Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal, na Estrada Marginal, São Pedro do Estoril.


lua_cres.jpgO NUCLIO – Núcleo Interactivo de Astronomia, com o apoio do Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal e da Câmara Municipal de Cascais promove a realização mensal da “Astronomia em Crescente”.
Esta actividade, que normalmente decorre no Sábado próximo da fase de Quarto-Crescente da Lua, a partir das 21h30, é constituída por uma apresentação sobre um tema astronómico e, caso as condições meteorológicas o permitam, por uma sessão de observação nocturna com telescópios.
No ano lectivo de 2010/2011, as datas e temas da “Astronomia em Crescente” serão:
18 de Setembro – “Histórias da Lua…“, por José Saraiva (CERENA/IST e NUCLIO)
16 de Outubro – “Colisões de galáxias no Universo primitivo“, por Hugo Messias (CAAUL/FCUL)
13 de Novembro – “Biodiversidade ao sabor do risco… do desenho científico“, por Fernando Correia
18 de Dezembro – “Da relação entre a Astronomia helenística e o Islão“, por Halima Naimova (OAL/FCUL)
8 de Janeiro – “Meta a Espectroscopia na sua Astronomia“, por José Ribeiro (Grupo Atalaia)
12 de FevereiroA união do infinitamente grande com o infinitamente pequeno“, por Francisco Lobo (CAAUL/FCUL)
12 de Março – “Actividades práticas para o ensino de Astronomia: de planetas a galáxias“, por Eduardo Amores (SIM/FCUL)
9 de Abril – “Em Redor de Saturno“, por José Saraiva (CERENA/IST e NUCLIO)
7 de Maio – “Lixo Espacial: o anel artificial da Terra“, por Isabel Pessôa-Lopes (Consultora Internacional em Riscos Espaciais)
4 de Junho – “The Nightscape Photography“, por Miguel Claro (TWAN – The World At Night)
9 de Julho – “A Quimica das Estrelas”, por Maria Luísa Almeida (NUCLIO)
A actividade tem inicio às 21:30 no Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal, na Estrada Marginal, São Pedro do Estoril.
Mais informações pelos telefones 214 815 924 ou 960 356 909.
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Resumos

Histórias da Lua…
José Saraiva (CERENA/IST e NUCLIO)
O nosso satélite natural, ao contrário do que se possa pensar, continua
a esconder muitos mistérios. A sua exploração, mesmo contando com a
contribuição de 12 homens na recolha de amostras, está muito incompleta.
Basta pensar nas surpresas que ainda surgem quando as velhas amostras do programa Apollo são novamente analisadas. Ou na distribuição das
crateras de impacto na face oculta. Ou na presença de gelo nas crateras
polares. Ou na vastidão das paisagens lunares ainda por reconhecer…
Apesar das indecisões do programa espacial americano, a Lua continua a
ser um alvo apetecido para as novas potências espaciais, e ainda há
pouco foi anunciada a segunda missão indiana à Lua. Talvez um dia os
velhos sonhos da ficção científica se concretizem e alguns homens vivam
em redomas sob céus estranhos – e é a Lua que surge como a escolha óbvia
para as primeiras experiências do género.
Colisões de galáxias no Universo primitivo
Hugo Messias (CAAUL/FCUL)
Como estudante de doutoramento de último ano, penso já ter alguma experiência em investigação a partilhar. Nesta palestra farei isso mesmo. Desde as primeiras divagações ao estado actual de um estudo por mim começado, irei contar cada passo do caminho que me levou a “encontrar” uma população de galáxias muito peculiar. Observadas numa altura em que o Universo vivia a época de maior actividade de formação galáctica (tinha já “ele” os seus 1,6 a 3,3 mil milhões de anos), estas galáxias não só mostram uma complexa mistura de populações de estrelas, como também revelam indicações de uma co-existência com um buraco negro super-massivo no seu centro, algo que está de acordo com os modelos mais recentes de evolução galáctica. Irei delinear diversos pormenores do estudo, incluindo os cuidados técnicos que é preciso ter antes de se apresentar um estudo à comunidade científica por vias de uma (esperada) publicação.
Biodiversidade ao sabor do risco… do desenho científico
Fernando Correia (Biólogo, Ilustrador Científico e Designer)
A abordagem gráfica à multitude de formas orgânicas que caracterizam a biodiversidade contemporânea e a extinta.
A vantagem da ilustração científica enquanto plataforma priveligiada na codificação da mensagem científica em unidades visuais capazes de facilitar a compreensão e aprensão de conteúdos por vezes complexos. A necessidade de simplificar a mensagem científica, tornando-a apelativa e mais intuitiva ao público-alvo (o marketing científico).
As aventuras de quem “ar…risca” a figurar o mundo natural: pequenas histórias pessoais.
Da relação entre a Astronomia helenística e o Islão
Halima Naimova (OAL/FCUL)
Quando a astronomia helenística encontrou o seu lugar no Islão, nos
séculos VIII e IX DC, teve de se adaptar a este novo meio, tendo
encontrado diversas maneiras para o fazer.
Falaremos de como a religião do Islão – entendida como a doutrina e o
ritual – tem afectado e influenciado o curso da astronomia.
Daremos uma visão geral destas influências e examinaremos um caso
concreto em que se pode ver como um discurso religioso sobre a
compatibilidade do mundo natural aristotélico e a omnipotência de
Deus se fez sentir dentro da astronomia. Sublinha-se o facto de não
existir um ponto de vista “islâmico” único mas antes opiniões
divergentes, que surgiram de uma variedade de factores históricos,
intelectuais e individual.
Meta a Espectroscopia na sua Astronomia
José Ribeiro (Grupo Atalaia)
A espectroscopia é a ferramenta mais importante da astrofísica. Olhada pelos leigos como algo difícil de entender, é por isso frequentemente ignorada. Esta palestra tem por finalidade desmistificar isso, dando a conhecer a sua técnica e as suas aplicações na astronomia.
A união do infinitamente grande com o infinitamente pequeno
Francisco Lobo (CAAUL/FCUL)
Após milhares de anos a estudar o céu, numa história que é tão velha como o próprio Homem, encontramo-nos hoje prestes a assistir a uma revolução no conhecimento. Assistimos no século XX à criação das duas grandes teorias que revolucionaram a nossa descrição do mundo físico.
A primeira destronou os nossos conceitos de espaço e tempo (absolutos), combinando-os naquilo que hoje designamos por espaço-tempo.
A segunda alterou completamente a maneira como compreendemos a natureza da matéria e da radiação, onde as nossas descrições físicas habituais ficam sujeitas a incertezas essenciais.
A primeira destas revoluções é hoje designada Teoria da Relatividade e, a segunda, Teoria Quântica. Nesta palestra traçamos um resumo destas duas teorias e abordamos uma das questões em aberto mais ambiciosa, i.e., a demanda do Santo Graal na Física Moderna, nomeadamente, a unificação da Teoria da Relatividade Geral (infinitamente grande) e da Física Quântica (infinitamente pequeno).
Actividades práticas para o ensino de Astronomia: de planetas a galáxias
Eduardo Amores (SIM/FCUL)
Nessa palestra serão apresentados aspectos relacionados a Astronomia de uma forma geral que abrangem desde objectos localizados a distâncias relativamente próximas da Terra como os planetas até os mais longínquos como as galáxias. Abordarei as pesquisas recentes em cada ramo da Astronomia que estudam esses objectos.
Também irei apresentar aspectos do Projecto Telescópios na Escola desenvolvido no Brasil e algumas actividades relacionadas a jogos lúdicos que constituem uma importante ferramenta para a divulgação e ensino da Astronomia.
Outro projecto importante consiste no ‘Hands on Universe’ que baseia-se em actividades práticas de Astronomia que podem ser realizadas com o uso do computador.
Apresentarei roteiros com algumas práticas propostas, tais como medição de brilho, da distância e das cores de estrelas, assim como demais actividades desenvolvidas por nosso grupo como determinação do tipo morfológico de galáxias, sua evolução, entre outros aspectos.
Esses roteiros incluem apresentações elaboradas em power-point, material impresso e programas para serem trabalhadas com alunos em salas de aula o que os tornam materiais muito eficazes para serem usados por professores de um modo geral.
Em Redor de Saturno
José Saraiva (CERENA/IST e NUCLIO)
Saturno é talvez o planeta do Sistema Solar mais fácil de reconhecer numa ilustração, graças aos seus famosos anéis. Mas este gigante gasoso tem na sua vizinhança muitas outras atracções. A sonda Cassini da NASA tem-nos revelado, nos últimos anos, e para lá de inúmeras imagens de extraordinária beleza, uma série de pequenos mundos, satélites do “senhor dos anéis”, cada um dos quais com as suas surpresas. Dos lagos de Titã aos géisers de Encelado, as possibilidades de vida extra-terrestre parecem encontrar novos nichos; e novas perguntas nascem quando se encontram evidências de alguma actividade tectónica nas mais diminutas luas, mostrando mais uma vez que aquilo que julgamos saber de forma definitiva não passa de um arranhar da superfície da realidade do Sistema Solar e do Universo.
Lixo Espacial: o anel artificial da Terra
Isabel Pessôa-Lopes (Consultora Internacional em Riscos Espaciais)
Denomina-se por “LIXO ESPACIAL” o conjunto actual de milhões de partículas, peças diversas e partes de naves espaciais que, sendo de fabrico terrestre e tendo sido lançados para o espaço nas inúmeras missões desde 1957, ainda hoje se encontram a orbitar a Terra.
Como quaisquer desses objectos já não se encontram no activo ou desempenham sequer qualquer função útil, representam progressivo risco de acidentes (alguns já ocorridos): tanto em órbita como na reentrada na atmosfera terrestre.
Como se caracterizam? Que tipo de riscos representam? Como são monitorizados? Que programas de prevenção e de emergência existem mundialmente? Poderemos continuar a dormir descansados?! 😉
Nightscape Photography
Miguel Claro (TWAN – The World At Night)
Miguel Claro irá falar-nos sobre a fotografia de paisagens astronómicas, também designada por “Nightscape Photography”. Serão apresentadas e comentadas tecnicamente diversas imagens obtidas em diversas situações diferentes, dando relevo a união entre os elementos Céu e Terra. Este tipo de imagens pretende valorizar o património arquitectónico, cultural e paisagístico e abordando de forma educativa e científica, o Universo, que está repleto de astros, mas que nos dias que correm passa despercebido à maioria das pessoas. Miguel Claro, com mais de 30 imagens publicadas no TWAN “The World at Night” e um dos vencedores dos 2 concursos Internacionais realizados pelo TWAN, irá ainda falar-nos deste importante projecto fotográfico internacional, que reúne alguns dos mais prestigiados astrofotógrafos mundias e em que o lema se traduz em “One People, One Sky”.