O NUCLIO – Núcleo Interactivo de Astronomia em parceria com o PLANETÁRIO CALOUSTE GULBENKIAN promove duas palestras sobre temas que vão de encontro à celebração em 2008 do Ano Internacional da Terra. Estas palestras inserem-se no programa de verão do CIÊNCIA VIVA.
6 de Setembro
“Conversas à volta de uma vela” , por João Ventura
13 de Setembro
“Gestão do Fenómeno da Desertificação e da Seca em Portugal”, por Amílcar Soares
O NUCLIO – Núcleo Interactivo de Astronomia em parceria com o PLANETÁRIO CALOUSTE GULBENKIAN promove duas palestras sobre temas que vão de encontro à celebração em 2008 do Ano Internacional da Terra. Estas palestras inserem-se no programa de verão do CIÊNCIA VIVA.
6 de Setembro
“Conversas à volta de uma vela” , por João Ventura (IST)
O domínio do fogo constitui provavelmente o passo mais importante na evolução da humanidade. O cozinhar dos alimentos, os transportes, a produção de electricidade não existiriam sem a combustão.
Utilizando uma vela para a realização de algumas experiências simples, serão apresentados os principais fenómenos físicos e químicos que compõem aquilo a que chamamos “fogo”. Ver-se-à depois como esses fenómenos permitem compreender aquilo que se passa num acontecimento destrutivo como é o “incêndio”.
João Ventura, é Prof. do Dept Eng. Mecânica do Técnico, e faz investigação nesta área. Acessoriamente, é também escritor de magníficos contos (geralmente) curtos, que podem ser lidos em http://fromwords.blogspot.com
13 de Setembro
“Gestão do Fenómeno da Desertificação e da Seca em Portugal”, por Amílcar Soares (CERENA/IST)
Portugal é um dos países europeus de mais fracos recursos em solo e que,
simultaneamente, apresenta o maior risco de degradação por erosão,
principal causa de desertificação na Europa. Em relação à floresta,
Portugal não é excepção dentro do panorama Europeu, no que respeita ao
abandono gradual das terras e consequente mudança de paradigmas no
ordenamento do território: a secular paisagem formatada pelo homem que,
como diz Revaz, … faz parte dos nossos genes e está colada à
identidade do europeu, dá lugar à floresta na maioria das situações
desgovernada sem controlo nem planeamento.
Se este cenário, relativamente recente, do “back to nature”, induz, nos
países nórdicos, dinâmicas e imaginários que podem cativar alguns
admiradores, como o regresso dos lobos à Alemanha do Leste ou dos ursos
à Áustria, nos países mediterrâneos, infelizmente, as consequências,
dominadas pelo fenómeno dos incêndios, são substantivamente mais dramáticas.
As secas que, tal como os incêndios, são fenómenos que irão também ser
cada vez mais frequentes no tempo e extensas no espaço na região
mediterrânica, contribuirão significativamente para a degradação dos
indicadores da desertificação.
Neste seminário apresenta-se os aspectos bio-físicos mais relevantes do
fenómeno da desertificação (clima, vegetação, solos) em Portugal bem
como a sua relação com os efeitos de impactes mais imediatos das
alterações climáticas: as secas e os fogos florestais.
As sessões tem início às 21h30 e decorrem no auditório do Planetário Calouste Gulbenkian Praça do Império – Lisboa