
O NUCLIO – Núcleo Interactivo de Astronomia, com o apoio do GRICES/GPE (Gabinete de Relações Internacionais da Ciência e do Ensino Superior / Gabinete Português para o Espaço), da Marina de Cascais e da Câmara Municipal de Cascais, promove de 14 a 18 de Dezembro de 2004 a 1ª edição da FASCINIO – Feira de Astronomia e Ciência do NUCLIO.
Nesta primeira edição o visitante encontrará equipamentos astronómicos, novos e usados, livros de ciência e ficção científica. Serão realizadas palestras, ateliers e workshops de Astronomia, lançamento de foguetões de água e um inovador Space-Paper. O público poderá ainda participar em sessões de observação do Sol e sessões de observação do céu nocturno. A feira terá lugar na Marina de Cascais.

O NUCLIO – Núcleo Interactivo de Astronomia, com o apoio do GRICES/GPE (Gabinete de Relações Internacionais da Ciência e do Ensino Superior / Gabinete Português para o Espaço), da Marina de Cascais e da Câmara Municipal de Cascais, promove de 14 a 18 de Dezembro de 2004 a 1ª edição da FASCINIO – Feira de Astronomia e Ciência do NUCLIO.
Nesta primeira edição o visitante encontrará equipamentos astronómicos, novos e usados, livros de ciência e ficção científica. Serão realizadas palestras, ateliers e workshops de Astronomia, lançamento de foguetões de água e um inovador Space-Paper. O público poderá ainda participar em sessões de observação do Sol e sessões de observação do céu nocturno. A feira terá lugar na Marina de Cascais.
Apoios

Programa
14 de Dezembro
15 de Dezembro
16 de Dezembro
17 de Dezembro
18 de Dezembro
As sessões de observação serão efectuadas, caso as condições meteorológicas o permitam, com a colaboração do projecto “Crepúsculos do Concelho”.
A Inscrição Prévia referida em algumas das actividades deverá ser efectuada para um dos contactos do NUCLIO, por telefone ou e-mail.
Durante todo o evento estará disponível uma mostra de livros e equipamentos de Astronomia entre as 15:00 e as 22:00. Antes da sessão de observação de encerramento haverá um Leilão de material de Astronomia. As condições do leilão e o catálogo das peças estarão expostos na loja durante a Feira.
Breve Descrição das Actividades
Escola de Astronautas (com apoio do grupo Zephyro) Uma peça de teatro interactiva onde as crianças são convidadas a entrar para uma escola de astronautas. Nesta primeira edição os pequenos aprendizes serão convidados a participar de uma arriscada missão para salvar o Sistema Solar (indicado para idades entre os 6 e os 10 anos).
Oficinas de Astronomia Sessões de Astronomia compostas por ateliers, uma apresentação e uma sessão de observação do Sol.. Nestas oficinas serão dinamizadas várias actividades pedagógicas: construção de relógios de Sol, astrolábios, percepção das fases da Lua, compreender os movimentos planetários e da esfera celeste, as distâncias e a idade do Universo. (Indicado para idades entre 6 e 16 anos)
Space-Paper Uma actividade divertida onde o participante é convidado a decifrar um enigma utilizando telescópios, mapas celestes, bússolas, boa vontade e imaginação. Os aventureiros, organizados em grupos de no máximo 5 elementos, partirão à descoberta do Sistema Solar. Os grupos que finalizarem a actividade com sucesso poderão participar no sorteio de um telescópio. Todos receberão um prémio de participação (Indicado para idades entre os 12 e 16 anos).
Lançamento de Foguetões de Água – Já imaginaste preparar e pintar um foguetão? Durante a 1ª edição da FASCÍNIO podes construir o teu próprio foguetão. Mas não ficamos pela construção…vais poder ver se ele funciona mesmo. Não vamos chegar até a Lua, mas podes ver o teu foguetão voar. A simples experiência que vamos fazer, também podes depois repetir em casa e junto com os teus amigos. (Indicado para idades entre os 7 e 12 anos).
Sessões de Observação do Sol – O nosso Sol é a única estrela que podemos ver e estudar de perto. Desde as manchas solares vistas por Galileu, até as explosões e ejecções de material no bordo do Sol, chamadas protuberâncias, e redemoinhos de matéria com uma temperatura de mais de 6000 ºC, até as paredes de material em ascensão que podiam engolir algumas dezenas de Terras e que se transformam em poucas horas, serão o alvo de telescópios equipados com filtros especiais que permitem a observação do nosso astro de forma totalmente segura para os nossos olhos. Nunca aponte o seu telescópio ou binóculo directamente para o Sol, cegueira imediata e permanente será o resultado.
Sessões de observação nocturna As sessões de observação começam com uma visita à Lua. Ao apontar o telescópio para o nosso vizinho celeste podemos realizar um pequeno passeio visual ao longo das crateras, do limbo leste lunar e apreciar as sombras lançadas pelos bordos das crateras e montanhas lunares junto da linha que separa o dia da noite lunar.
Para apreciar em pleno a fascinante diversidade que o céu estrelado nos oferece, a sessão de observação fará um passeio pela vida das estrelas. Esta começa dentro de uma grande nuvem de gás e poeiras, a qual serve de berço para o nascimento das estrelas. O exemplo típico para isso é a Nebulosa de Orionte. No seu interior podemos espreitar um aglomerado de estrelas ainda muito jovens. Aqui também veremos que as estrelas costumam nascer em grupos.
A fase seguinte é a dissipação da nuvem de gás que lhes deu nascimento. As Plêiades, ou Sete-Estrela na gíria popular, são um exemplo fascinante. Ao envelhecer, os grupos de estrelas dispersam e cada estrela individual mostra sinais de um envelhecimento diferente. Para mostrar essa divergência, o enxame das Híades terá então o seu destaque. Cada fase da vida de uma estrela fará com que ela tenha um aspecto próprio. Por isso teremos uma vista rápida a uma estrela jovem, como é o caso de Rigel, e uma muita velha, como a Betelguese.
Se as condições da atmosfera permitem, podemos ainda ver, na Nebulosa do Caranguejo, os restos deixados por uma estrela que explodiu no fim da sua vida. Para complementar o passeio celeste, acrescentamos ainda uma galáxia, o lar das estrelas.
Por fim, o passeio volta para o nosso Sistema Solar. O planeta Saturno, o sexto contado a partir do Sol, ao qual os astrónomos chamam carinhosamente o Senhor dos Anéis será o grande desfecho da noite. Com uma vista a este planeta, e sobre os seus anéis termina a viagem e, de certeza, cada observador levará na sua memória uma imagem espectacular, a qual jamais esquecerá para o resto da sua vida. Esperamos que o tempo colabore.
Sessão de autógrafos Para o dia de encerramento da feira contamos com a presença de vários autores de livros de Astronomia e de divulgação científica em português, que farão uma breve apresentação das suas publicações. Durante a sessão os livros serão disponibilizados em condições especiais. Estarão presentes: Guilherme de Almeida, António Cidadão, Jorge Dias de Deus, Teresa Direitinho, António Magalhães, Grom D. Matthies, Pedro Ré e Luís Tirapicos.
Resumo das Palestras
“Os Caminhos da Ciência na Pista do Crime”
Fátima Machado (Laboratório de Polícia Científica – Polícia Judiciária)
As Ciências Forenses são uma área multidisciplinar em que as ciências físicas e naturais têm uma importância crescente, contribuindo para o esclarecimento da forma como ocorreu determinado crime e ajudando a identificar os seus intervenientes, através do estudo da prova material recolhida no âmbito da investigação criminal.
Dão-se exemplos de casos em que se enfatizam as diferentes áreas de actividade do Laboratório de Polícia Científica, respectivamente Biologia, Balística, Documentos, Escrita Manual, Física, Química, Toxicologia, Desenho e Fotografia, ilustrando-se as principais áreas de actuação de acordo com o tipo de crime em investigação.
Refere-se que os vestígios biológicos, não obstante a sua importância crescente nas Ciências Forenses, dão sobretudo informação sobre os intervenientes na cena do crime, sendo frequentemente o estudo dos outros vestígios relevantes no esclarecimento de quando, onde e como ocorreram os factos.
“O Clima da Terra: Que futuro nos aguarda?”
José Saraiva e João Nascimento (Instituto Superior Técnico)
Esta palestra será dividida em duas partes; na primeira veremos como a Ficção Científica tem abordado a questão dos extremos climatéricos e das suas consequências para a vida na Terra, e investigaremos também o que há de verdade na ideia de que a Terra tem um clima estável. Na segunda, um especialista falará da investigação que se faz em Portugal neste campo, e que permite prever quais serão, no nosso país, as consequências ambientais e socio-económicas das alterações que o clima mundial sofre neste momento.
“Tudo o que sempre quis saber sobre os telescópios”
Guilherme de Almeida (APAA)
Nesta palestra serão referidos aspectos essenciais sobre os telescópios e as suas particularidades, de uma forma acessível e progressiva. A abordagem privilegiará a perspectiva prática, dando a conhecer ao grande público as características e limitações destes instrumentos, sem esquecer os requisitos desejáveis para a sua utilização.
A conquista do espaço: imaginação e realidade
José Saraiva (CVRM – Centro de Geo-Sistemas do IST)
Considera-se normalmente que a Era Espacial começou em 1957, com o lançamento do Sputnik 1, o primeiro satélite artificial a entrar em órbita da Terra. No entanto, muito antes dessa data, já o Homem tinha viajado pelo espaço e visitado os planetas vizinhos – pelo menos em imaginação. Enquanto cientistas e engenheiros lançavam as bases tecnológicas da conquista espacial, experimentando e fazendo evoluir os lançadores, escritores e artistas especulavam sobre o que encontraríamos “lá fora”. E assim também eles contribuíram, e de que maneira, para despertar vocações e motivar aqueles que vieram a tornar realidade este sonho da Humanidade.
O Céu dos Homens do Mar na Época das Descobertas
António Canas (Subdirector do Planetário Calouste Gulbenkian)
Até ao final da Idade Média, o conhecimento da posição dos navios no mar baseava-se essencialmente na observação de marcas em terra. Quando se afastavam para o largo, perdendo essas referências em terra, os marinheiros sentiam grandes dificuldades em saber onde se encontravam. Para resolver esses inconve nientes, os Portugueses passaram a usar os astros para, a partir da observação do movimento destes, saberem com algum rigor a posição em que se encontravam, sem necessidade de usarem as referências de terra. Passou a ser possível conhecer a latitude dos lugares, pela observação da Estrela Polar, no hemisfério norte e da constelação das estrelas do Cruzeiro do Sul, no hemisfério sul. Também o Sol era usado para conhecer esta coordenada, pela observação do momento em que atinge a sua altura máxima, no seu movimento diurno. Além da posição, os marinheiros podiam também saber as horas durante a noite, pela observação da posição relativa da Estrela Polar e de uma outra estrela da Ursa Menor, a Kochab
Workshops
Construção de monóculos – De que é que é composto um telescópio? A resposta prática é dada nessa oficina, em que cada participante constrói o seu próprio monóculo simples (um telescópio curto). A lente de entrada, as lentes da ocular, o tubo… tudo é montado em pormenor. Os monitores da oficina garantem que ninguém saia sem o seu monóculo em condições funcionais.
Navegação pelos astros Neste workshop vamos explicar como os antigos usavam os instrumentos: astrolábio, quadrante e balestilha; para medir a altura dos astros. Se as condições atmosféricas permitirem serão observados alguns astros, usando aqueles instrumentos bem como um outro de concepção mais recente: o sextante. Também serão explicados os procedimentos de cálculo da latitude (cálculos muito simples). Explicaremos ainda os dois grandes usos dos astros na época dos descobrimentos: para saber as horas e para conhecer a posição. Serão apresentados os movimentos mais importantes da Terra e da Lua e a sua relação com as unidades de tempo: dia, mês e ano. Será abordado o uso da Polar e do Sol para conhecer a latitude do lugar. Faremos ainda uma abordagem rápida dos métodos modernos de navegação.